Lição de Casa - Por L.R.
O dia raiou, os olhos se abrem, os ouvidos escutam os barulhos por menores que eles sejam.
A realidade vem a tona, e com esta o medo da vida, e então para que ela não seja tão assustadora, a gente faz a oração, buscando o amparo divino.
Sabemos que cada dia que passa caminhamos para um dia a menos em nossa vida.
Enxergando assim, não temos vontade de levantar e sim entrar novamente em uma letargia e entregarmos ao sono profundo onde se esquece tudo.
Mas ele não vem mais e então remoemos as dificuldades que o cotidiano nos reserva e depois de algum tempo, joga-se fora as cobertas e levanta-se.
Faremos as tarefas domésticas, trabalharemos a rotina traçada sem que ninguém nos pergunte se é isso mesmo que você deseja fazer.
Mas executamos o que é de praxe, como condenados sem, no entanto, sermos culpados, mas vigiando a nós mesmos para que os trabalhos sejam cumpridos.
Depois vem a coragem e a gente vai fazendo até verem-se esgotadas determinadas tarefas.
E agora o que mais?
Pensar, pensar, pensar na vida.
Ela tem solução?
Pior que trabalhar é ficar ociosa, porque os pensamentos vêm como turbilhões, sobre tudo um pouco.
O melhor é procurar mais alguma coisa interessante para fazer.
Que tal arrumar papéis? Gavetas? Limpar vidros? Não!
Vamos comprar alguma coisa. Isso distrai.
É como se fosse hora do recreio.
Depois eu continuo a eterna lição de casa.
Criado por Lavínia Ruby em 18/06/10. mariegracev

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